
Queria ser música. Sim, concretizado numa partitura, fluindo no ar, mais democrático que qualquer coisa. Queria ser só melodia, ser cantado pelos assovios, dando direito a cada um escrever a letra que desejasse. Uma hora seria clássica, na outra rock'n roll. Libertado por um violão, uma flauta, quem sabe um pandeiro, ou simplesmente um batuque em um objeto qualquer.
Seria a demonstração de momentos alegres, a homenagem, o luto, a descontração, ou simplesmente a distração em um banho, ou na fila do supermercado, rindo do incômodo encontro de estranhos em um elevador.
Nasceria e renasceria de um sopro, e morreria tão rápido quanto o correr do vento. Jamais seria igual, em minhas infinitas versões, e quando prestes a ser esquecido, renasceria, renovado, pronto a acalentar novos corações, penetrar em cada ser, não somente pelos ouvidos, mas por cada poro, cada célula, cada lugar passível de sentir a minha vibração.
Enfim seria imortal, porque a música sempre se transforma, jamais morre.
depende da musica...
ResponderExcluirImagina se fosse um arrocha...
Que lindo. Acho que até o arrocha tem seu valor! haha
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